Divulgação científica é ferramenta de leitura do mundo, afirma diretor do MCTI

Douglas Falcão destacou apropriação da ciência como opção de carreira e sua difusão como instrumento de ascensão. Ele participou do Fórum de Cultura Científica da Universidade Federal de Minas Gerais.

A apropriação da ciência como opção de carreira e a sua difusão como instrumento de ascensão social são fatores que legitimam os esforços de promoção da divulgação científica, na avaliação do diretor de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Douglas Falcão. Ele proferiu conferência no 1º Encontro do Fórum de Cultura Científica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado na Sala de Sessões da Reitoria, em Belo Horizonte.

"A divulgação é ferramenta de leitura do mundo, principalmente para que os mais novos tenham consciência de que vivemos em uma sociedade marcada pela intervenção humana, um fenômeno muito recente. Tudo o que vemos à nossa volta é produto da tecnologia", disse o diretor do MCTI em sua participação, na terça-feira (16).

Para Falcão, o empoderamento da ciência por toda a sociedade e o compartilhamento das incertezas decorrentes do desenvolvimento tecnológico, especialmente em relação aos impactos ambientais de longo prazo, são razões que devem impulsionar a divulgação.

Ele comentou sobre os principais desafios considerados pelo MCTI no que se refere à divulgação científica. Mencionou a necessidade de levar a informação sobre ciência a grupos marginalizados da população brasileira, como índios, quilombolas, ribeirinhos e moradores de comunidades rurais, além de envolver mais as mulheres e ampliar a presença da ciência na programação televisiva e nas redes sociais.

Mais passos à frente
O reitor Jaime Ramírez salientou que, embora existam na Universidade várias iniciativas de divulgação científica, é preciso "dar mais passos à frente", com o intuito de "prestar satisfações à sociedade" quanto à tecnologia e inovação desenvolvidas no âmbito da UFMG.

Os museus mantidos pela Universidade, as exposições itinerantes, os projetos de extensão e a participação em redes internacionais foram enumerados pela pró-reitora de Extensão, Benigna Maria de Oliveira, como exemplos que comprovam o "protagonismo" da UFMG no campo da divulgação científica. "Precisamos criar mecanismos de articulação dessas iniciativas, para dinamizar sua difusão", disse.


Fonte: UFMG

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