Pesquisadores lançam manifesto contra prisão de ativistas no Rio


Cientistas políticos e pesquisadores de movimentos sociais de universidades brasileiras e estrangeiras divulgaram um manifesto para contestar o enquadramento jurídico que tem sido adotado pela Justiça para acusar ativistas de crime de formação de quadrilha e associação criminosa. 

No último sábado, alunos e a professora Camila Jourdan, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)foram detidos sob acusação de planejar protestos violentos para o dia seguinte, data da final da Copa do Mundo. Todos foram levados para o complexo penitenciário de Bangu. 

"Como estudiosos dos novos movimentos sociais, acreditamos que os enquadramentos jurídicos utilizados pela polícia e pelo judiciário estão em profundo desacordo com o que a observação e a análise das ciências sociais tem mostrado. Movimentos são horizontais, não há chefes ou líderes. A observação e análise de centenas de cientistas sociais no Brasil e no exterior tem mostrado reiteradamente que esses movimentos rejeitam estruturas verticais de comando", escreveram os pesquisadores.

O manifesto é assinado por dezessete professores, entre eles Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo, Giuseppe Cocco, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), David Graeber, da London School of Economics, e Rosana Pinheiro-Machado, da Universidade de Oxford.

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Fonte: Estadão.

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