Saiba como a Comissão da Verdade vai lidar com justiça de transição no Brasil
O Brasil tem uma trajetória singular no enfrentamento do legado de violações de direitos humanos nos governos militares entre 1964 e 1985. Apenas agora, 27 anos após o retorno do poder aos civis, está sendo criada a Comissão Nacional da Verdade, que nos próximos dois anos colherá depoimentos de vítimas da repressão política e de agentes do Estado acusados de crimes e, ao cabo do trabalho, publicará um relatório narrando oficialmente as circunstâncias das violações e propondo ações para que não voltem a acontecer. A experiência brasileira é singular sob duas perspectivas.
De um lado, trata-se da mais tardia das comissões criadas por cerca de 40 países nas últimas décadas para apurar crimes praticados durante ditaduras. De outro, o Brasil é um exemplo incomum de país que tomou diversas iniciativas para reparar crimes, como as indenizações a famílias de mortos pela ditadura e a perseguidos políticos, mas deixou a apuração dos fatos para mais tarde.
Fonte: Pesquisa Fapesp
Parece que também é incomum no nosso país a política de bajulação interesseira adotada pelos militares em relação aos membros do poder judiciário.
ResponderExcluirObservem quantos presidentes de tribunais superiores, ministros, desembargadores e juízes federais já foram "agraciados" pelos militares com condecorações em agradecimento a "relevantes serviços prestados" ao exercito.
Que tipo de "relevantes serviços" podem ser prestados por juízes a militares?
Se considerarmos os resultados de julgamentos que envolvem assuntos relevantes de interesse das forças armadas, realmente fica fácil entender por que os militares tem mesmo muito a agradecer ao judiciário.